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Nobel de Química 2020

Conheça mais sobre as ganhadoras e seu projeto vencedor.


Conteúdo do texto:

  • O que é um prêmio nobel?;

  • As vencedoras;

  • O projeto;

O que é um prêmio nobel?


O seu intuito principal, desde sua criação, é reconhecer atos significativos para a humanidade. Tem como sua função premiar pessoas que criaram trabalhos, pesquisas, estudos ou ações que beneficie o mundo. É assim, uma das principais premiações mundiais e de alto reconhecimento.


Por analogia, quem o gerencia é a Fundação Nobel, premiando os vencedores de cada categoria com uma medalha de ouro, diploma e uma quantia em coroas suecas. Estes são os que se destacam em sua área de atuação durante o ano anterior.


As vencedoras


Emmanuelle Charpentier e Jennifer A. Doudna foram as ganhadoras do prêmio de Química 2020, o que foi um marco na história, já que é a primeira vez que duas mulheres dividem o prêmio nessa categoria.


Anunciado no dia 7 de outubro, pela Academia Real de Ciências da Suécia, elas conquistaram esse título pelo desenvolvimento do Crispr, método de edição do genoma.



Jennifer Doudna (imagem a esquerda), americana de 56 anos, é professora da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos.


Emmanuelle Charpentier (imagem a direita), microbiologista e imunologista. Francesa de 51 anos, é diretora do Instituto Max Planck de Biologia de Infecções em Berlim.


Essa conquista é sem dúvidas muito significativa, visto que apenas cinco mulheres haviam ganhado esse prêmio, frente a 183 homens: Marie Curie (1911), sua filha IrèneJoliot-Curie (1935), Dorothy Crowfoot Hodgkin (1964), Ada Yonath (2009) e Frances Arnold (2018).


Em consequência a isso, Charpentier conversou com os reportes e falou a respeito sobre ela e Doudna serem as primeiras mulheres a levarem, conjuntamente, o Nobel.


"Eu gostaria de passar uma mensagem positiva a meninas que gostariam de seguir o caminho da ciência. Acho que nós mostramos a elas que uma mulher pode ter impacto na ciência que elas estão fazendo. Espero que Jennifer Doudna e eu possamos passar uma mensagem forte às meninas", declarou.


Já no Brasil, temos também o posicionamento de grandes mulheres. Para a física Márcia Barbosa, diretora da Academia Brasileira de Ciências e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a descoberta das cientistas é "muito bonita", e a premiação simboliza uma vitória para as mulheres.


"Esperamos que isso continue acontecendo e que também tenhamos, daqui a pouco, uma apresentação mais diversa na questão racial. Mas tudo isso é uma construção que precisamos fazer no nosso cotidiano. Ontem [com a vitória de Andrea Ghez] e hoje, para mim, como feminista, é um dia de grande satisfação, porque significa que a nossa luta conseguiu avançar um pouquinho", afirma a diretora da Academia Brasileira de Ciências.


O projeto


O Crispr/Cas9 é uma espécie de "tesoura genética", que permite à ciência mudar parte do código genético de uma célula. Com essa "tesoura", é possível, por exemplo, "cortar" uma parte específica do DNA, fazendo com que a célula produza ou não determinadas proteínas.

A pesquisa com a descoberta da ferramenta foi publicada na revista científica "Science", uma das mais importantes do mundo, em junho de 2012.

Usando o Crispr, cientistas podem alterar o DNA de animais, plantas e microrganismos com extrema precisão. A tecnologia "teve um impacto revolucionário nas ciências da vida", segundo o comitê do Prêmio Nobel, e está contribuindo para novas terapias contra o câncer.


Como o Crispr é bastante fácil de usar, ele foi amplamente difundido na pesquisa básica. Ele é usado para alterar o DNA de células e de animais de laboratório, com o objetivo de compreender como diferentes genes funcionam e interagem, por exemplo, durante o curso de uma doença.


Entenda mais abaixo:

Entenda o Crispr — Foto: Betta Jaworski/G1


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Fonte: Esse texto foi inteiramente baseado nas reportagens/textos do Mundo Educação, G1.Globo e Uol.

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